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terça-feira, 13 de abril de 2010

Sobre o amor (parte 1)

A beleza do amor

fotocoracao
O que é o amor afinal?
Ao que muito se pensa
É o que menos condiz
De ser o amor sentimental…

Há muito tempo eu não escrevia versos!
Talvez eu tenha feito pouco caso de toda a inspiração e habilidade que Deus me deu com as palavras. Isso é um erro! Que bom que posso reconhecer e tenho oportunidade de consertar isso.
Mas, por falar em amor…
Ah! O amor!
Quanto já se escreveu, cantou, falou, dramatizou… sobre o amor? E ainda assim, parece que a cada dia há muito mais para se aprender sobre ele.
Na verdade, vejo que isso acontece porque gostamos de fantasiar o amor. (como se ele precisasse disso!)
E porque já nos acostumamos a vê-lo fantasiado, já nos esquecemos de como ele realmente é. Talvez alguns jamais o conheceram.
E como é o amor?
Minha fonte de inspiração para compreendê-lo é a Bíblia. Ela é o livro mais fascinante do mundo neste assunto, que é o seu tema central. E nela, tenho atenção especial em alguns textos a respeito para refletir sobre o amor, como o texto de 1 Coríntios 13. É um verdadeiro “hino ao amor”!
E tenho ainda como uma das traduções mais lindas e interessantes que já li, a da Bíblia Viva. Cito alguns versos:
O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude.
O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem.
Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa.
Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa.
(1 Coríntios 13.4-7)
Mas lendo isso, alguém pode dizer:
- “Ora, mas isso é pura fantasia! É romântico e utópico! Quem pode amar assim?”
Sabe o que é mais interessante? É que fantasiosa, romântica e utópica é a maneira que nós damos ao amor. Queremos associá-lo a sentimentos, emoções, anseios, desejos, dar a ele um teor de paixão…
O coração é a coisa mais mentirosa e traiçoeira que existe no mundo; o coração do homem é terrivelmente cheio de maldade. Não ninguém capaz de saber até que ponto é mau e pecador o coração humano!
(Jeremias 17.9 – Bíblia Viva)
Por isso a importância de guardarmos o nosso coração para que possamos purificá-lo da maldade e ligá-lo ao verdadeiro sentido da vida.
Mas a Bíblia nos ensina que o verdadeiro amor lança fora todas as coisas que são expressões da fragilidade humana.
Quem pode confiar em suas emoções?
Quem pode se firmar em seus sentimentos?
Os desejos e anseios não duram para sempre. Alguns são satisfeitos rapidamente e logo passam, podendo até se tornar o oposto depois disso.
E os impulsos apaixonados? Muitas vezes nos leva a ações impensadas ou até irracionais, mas seu tão impetuoso fogo pode acabar-se tão repentinamente como começou.
o-que-nao-e-amor Todos nós estamos sujeitos a essas coisas, feliz ou infelizmente. Enquanto somos humanos não somos perfeitos, mas devemos nos esforçar e buscar a perfeição.
A Bíblia nos ensina que o amor é maior do que todas essas coisas. Nosso sentimentos, emoções, desejos, nos traem. São volúveis, completamente influenciáveis e dependem de condições específicas para existirem. Se essas condições deixam de ser satisfeitas, os sentimentos mudam ou deixam de existir.
Um suposto amor baseado nessas coisas é como o coração desenhado na areia no início dessa mensagem. Quando vierem as águas ele será apagado!
Imagine agora se o amor fosse baseado em sentimentos! Então pense:
  • Deus nos ama;
  • o amor é sentimento;
  • as vezes eu erro;
  • a Bíblia diz que o pecado suscita a ira de Deus (que é um sentimento);
  • então, quando erro, Deus deixa de me amar?
Vê como é grave basear o amor em sentimentos! usei o amor de Deus como exemplo, mas isso também se aplica a nós.

Na Bíblia, aprendo que o amor é uma escolha consciente, racional e que se manifesta através de atitudes concretas e visíveis. Se faltar qualquer uma dessas coisas, não há amor.amor e musica
Mas que atitudes são essas?
Esqueça todo o drama das novelas, a emoção dos filmes, o romance dos livros… Falo aqui de vida real e do amor no sentido mais amplo da palavra, não apenas no relacionamento entre homem e mulher, mas em qualquer relacionamento.
O texto bíblico que lemos mostra que o amor não se deixa influenciar por emoções e permanece sempre o mesmo, independente das condições.
  • é sempre paciente e bondoso;
  • nunca invejoso ou ciumento;
  • nunca orgulhoso ou arrogante;
  • nunca egoísta;
  • nunca rude;
  • não exige que se faça o que ele quer;
  • não se irrita com facilidade e nem é melindroso (ou seja, não fica “magoadinho”);
  • não guarda rancor e não dá importância se alguém lhe faz mal;
  • se alegra com a verdade (doa a quem doer).
A lista parece um tanto exigente para enquadrarmos nossos relacionamentos nessas bases!
O verso de número 7 mostra algo ainda mais interessante! As traduções mais clássicas dizem mais ou menos assim:

tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
A Bíblia Viva interpreta o sentido prático disso e diz:
Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa.
Você percebe que as características e atitudes do amor não dependem de circunstâncias?
Eu não amo uma pessoa porque ela me faz bem ou porque ela merece ser amada.
Ninguém é bom o suficiente! Ninguém merece ser amado! Isso é a Bíblia quem diz.
Isso é duro de ouvir porque não agrada aos nossos sentimentos e anseios e nem massageia o nosso ego.
Mas quem ama verdadeiramente compreende exatamente isso: que ninguém é perfeito:
  • nem aquele a quem amo
  • nem eu
Há música que gosto muito, que diz assim:
Amar não é ter que ter sempre certeza
É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo e não precisar fingir
(Frejah)
Se é assim, como posso exigir que alguém passe no teste das minhas exigências emocionais para que eu o ame? Eu mesmo posso ser reprovado no dele e não ser amado.
Quando compreendo isso, amo sem exigências.
Amar é doar-se sem a expectativa de receber algo em troca.
(Alex Bruno Cáceres)
coracao-de-barro
Mas alguém pode dizer:
- “Isso é um amor platônico!”
Eu digo: Isso é amor!
Na verdade, costumamos fantasiar o amor porque não queremos assumir a responsabilidade que o verdadeiro amor acarreta.
Com a nossa forma mascarada de amar, tudo é mais fácil: quando alguma circunstância indesejada surge, troco a fantasia e busco outro “conto de fadas” ou então deixo o salão e parto para outro “baile de máscaras”.
Mas alguém pode pensar (principalmente as mulheres):
- “Se desvincularmos o amor da fantasia, do romance, dos sentimentos e das emoções, ele perderá toda a sua beleza!”
Discordo completamente! Talvez ele perca o sentido que é de interesse das pessoas, mas jamais a sua verdadeira beleza.
O que faz do verdadeiro amor verdadeiramente belo é que não importa se a história é um “conto de fadas”, um “dias das bruxas” ou simplesmente uma rotina comum, corriqueira e sem nada emocionante. O verdadeiro amor sempre estará lá com a mesma intensidade.
Não há nada que possa aumentá-lo, porque ele é pleno! Conferir a ele o valor de sentimentos não o tornará mais belo, pelo contrário, quem faz isso reduz o amor e o perde de vista.
Também não há nada que possa diminui-lo, pois ele permanece sempre o mesmo, sejam as condições favoráveis ou não.

Em breve publicarei a continuação dessa reflexão: Sobre o amor (parte 2)

2 comentários:

Unknown disse...

amei ..a biblia é incrivel...=)

Anônimo disse...

amei a biblia é incrivel =)