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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um amor com propósito

Esta mensagem foi escrita por Andréia Flor
Comunhão
Amor: princípio essencial do cristianismo

... que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.

(João 17.21)

Este capítulo é maravilhoso, pois é a oração do próprio Cristo antes de ser preso. Nesta oração ele pediu pelos seus discípulos, pois Ele sabia que era chegada a hora de se cumprirem as Sagradas Escrituras, que Ele seria preso, morto, mas que ao terceiro dia ressuscitaria. Em um ato de amor e zelo, Jesus pediu ao Pai que guardasse seus discípulos em Seu nome e para que eles fossem um, para que tivessem alegria e que fossem livres do mal. E mais a frente podemos ver que a oração de Jesus se estende a nós os que depois de dois mil anos viríamos a crer Nele através da Palavra (vs. 20).

Então fiquei pensando que amor teve Jesus por toda a humanidade. Ele logo seria preso, mas Sua preocupação e amor foram além disso! Ao ponto de entregar Sua própria vida por nós, morrendo me morte de cruz, se fazendo maldito por nós. Quem faria isso? No grego existem algumas variações para a palavra amor: ÁGAPE, FHILIA E EROS. O amor que Jesus nos amou foi o ágape, que é o amor incondicional, total e supremo, fhilia no grego, significa altruísmo, generosidade. A dedicação ao outro vem sempre antes do próprio interesse. Quem pratica esse estilo de amor entrega-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas vontades para a satisfação do ser amado. O eros se refere ao desejar, ao querer muito e em muitos casos cobiçar. Mas o amor de Jesus foi ágape, foi o amor de entrega total. Este texto de João 17.20 nos fala sobre amor o fhilia, o de querer mesmo o bem do próximo. Mas Jesus pede por unidade, como Ele era um com o Pai, que nós também fossemos um com os outros, com Ele e com o Pai. Se prestarmos bastante atenção, veremos que isso tem uma finalidade: “para que o mundo creia que tu me enviaste”. Mas infelizmente parece que amar ficou careta, fora da moda ou banalizado. Porque o que mais vemos hoje em dia é discórdia, injuria murmuração e intriga em nosso meio.
Se alguém disser: Eu amo a Deus, mas odiar o seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus a quem não vê… quem ama a Deus, ame também o seu irmão.

(1 Jo 4.20-21)

Então será que as pessoas estão crendo em Jesus através de nós a igreja? Ou será que estamos afastando as pessoas com nossas atitudes mesquinhas e sem amor, nos julgando uns aos outros e não nos compadecendo uns dos outros? Amar a Deus e amar o próximo! Esta a lição que de Jesus Cristo aprendemos quando Ele nos fala do “grande mandamento”:
Amarás o Senhor teu Deus… e o teu próximo como a ti mesmo.

(Mt 22.37-39)

Eu amo a Deus porque amo o próximo e amo o próximo porque amo a Deus! Este Evangelho só é Boa Nova para o próximo quando passar da minha razão, e mesmo do meu coração, para a minha boca, as minhas mãos e pés e a minha… carteira. O meu amor ao próximo, e a Deus, não reside nos meus profundos conhecimentos teológicos. Jesus, durante o seu breve ministério terreno, não se cansou de ensinar e de praticar este ensino. A sua autoridade foi reconhecida pela sua coerência entre o dizer e o fazer. E foi Ele que, após ter ensinado e vivido esse ensino, disse para os seus seguidores: "Ide e ensinai" e "assim como Eu vos fiz, fazei vós também". Manifestar a unidade. A Igreja, enquanto Corpo de Cristo e Povo de Deus, é chamada a ser uma comunidade unida no e pelo amor. Mas esta, infelizmente, não é a realidade que se observa na maioria dos casos: famílias, que se dizem cristãs, cujos parentes não se falam, membros da mesma congregação com relações cortadas, líderes eclesiásticos, incluindo pastores, com poucas ou nenhuma relação entre si; igrejas cristãs, de tradição ou denominação diferente, mais interessadas em defender o que as divide do que o que as une. A Igreja é de:
... um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos.

(Ef 4.5-6)

Cabe-nos viver e testemunhar essa unidade, o que muitas vezes não é fácil, mas é fundamental. O amor:
... é paciente, que tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta

(1 Co 13)

Este é o instrumento que devemos usar para fortalecer esta unidade que temos em Cristo e isto, como Ele próprio o disse, “para que o mundo creia...” (João 17.20-24). A unidade da Igreja tem em si esta dimensão missionária e evangelizadora. A família de Deus tem de ser uma família unida e exemplo de unidade para os outros. Que o mundo creia em Jesus através de nossas vidas. E possamos ser parecidos com nosso mestre Jesus Cristo.

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